A vida do imigrante é marcada por muitos momentos semelhantes, com inúmeros desafios e conquistas diárias. Por isso, é tão comum nos identificarmos uns com os outros. A conexão entre brasileiros no exterior pode criar laços novos, fortes e significativos, servindo como grande ajuda durante o período de adaptação a uma nova cultura. Mas é importante lembrar que morar fora é diferente para cada pessoa.

Pessoas conversando em roda
Índice Formando a individualidade A individualidade pode afetar a adaptação no exterior Diferentes processos imigratórios A influência da percepção na imigração Não devemos nos comparar com outros imigrantes O autoconhecimento pode te ajudar na imigração

Em meio a essa turbulência de emoções, é importante lembrar que, apesar das nossas similaridades, somos indivíduos diferentes e únicos. Aceitar e compreender nossas individualidades é essencial para enfrentar essa transição entre culturas.

Formando a individualidade

A individualidade é formada por uma combinação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais, que torna cada pessoa única. Desde o nascimento, temos características físicas e comportamentais que moldam nossa experiência à medida que crescemos e interagimos com o mundo.

Durante o processo de imigração, muitos estrangeiros podem se identificar ou viver situações semelhantes.

No entanto, cada pessoa será impactada de maneira diferente devido à sua individualidade. Por isso, é importante evitar generalizar ou comparar os sentimentos e ações de cada um.

Embora vivamos no exterior, nossa bagagem emocional vem do Brasil e inclui toda a nossa história construída lá. São as nossas lembranças, positivas ou negativas, que nos ajudarão ou dificultarão na superação das barreiras de adaptação.

A individualidade pode afetar a adaptação no exterior

Nossas experiências influenciam nossos desafios atuais, fornecendo aprendizados que nos ajudam a enfrentar situações semelhantes. No entanto, elas também podem gerar medos e inseguranças que dificultam a superação de novos obstáculos.

As memórias positivas tendem a fortalecer nossa autoconfiança e adaptabilidade a diferentes costumes e culturas. Já as negativas podem criar barreiras emocionais que atrapalham tanto a nossa rotina diária quanto a resolução de conflitos mais estressantes no processo migratório.

Essas experiências moldam nossa personalidade ao solidificar traços e padrões de comportamento ao longo do tempo. Elas influenciam nossa visão de mundo, nossos valores e a forma como nos relacionamos com outras culturas e pessoas.

Experiências semelhantes geram repertório

Por exemplo, imigrantes que já tiveram experiências com ciclos sociais diversos ou mudanças entre cidades diferentes no Brasil, provavelmente terão mais recursos e flexibilidade para entender e se adaptar aos nativos de seu novo país, pois já vivenciaram situações similares em menor escala.

Diferentes processos imigratórios

Devido às semelhanças na vida dos imigrantes, é comum fazermos comparações sobre como cada um lida com seus processos.

No entanto, é importante ter cuidado. Mesmo que a intenção seja ajudar, é essencial respeitar as diferenças e a individualidade. Existem inúmeras formas de imigrar, e essas diferenças influenciam a percepção de cada estrangeiro.

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Muitas situações podem influenciar a perspectiva, por exemplo:

  • Quem emigra acompanhado ou sozinho;
  • Para um país que já visitou ou para um lugar onde o primeiro contato é como imigrante;
  • Para uma cultura mais parecida ou muito diferente da brasileira;
  • Quem já tem amigos ou familiares morando no novo país;
  • Quem se muda com um contrato de trabalho ou quem precisa de mais tempo para se estabilizar financeiramente.

Esses diferentes processos de imigração afetam significativamente a percepção do imigrante sobre a nova cultura, podendo influenciar nas suas expectativas e causar um choque cultural maior ou menor.

Isso, por sua vez, pode aumentar o estresse, a ansiedade e a insegurança no seu cotidiano.

A influência da percepção na imigração

Se a percepção do imigrante sobre a nova cultura for positiva, ele provavelmente se sentirá mais aberto e disposto a se integrar a ela. Isso pode incluir aprender a língua local, participar de eventos culturais e estabelecer relações sociais com os nativos. Essa atitude receptiva facilita a adaptação e a construção de um sentimento de pertencimento.

Por outro lado, se essa percepção for negativa, ele pode sentir-se alienado e desconfortável, o que pode levar à formação de barreiras sociais e culturais. Nesse caso, o imigrante pode preferir manter-se dentro de comunidades de outros imigrantes que compartilham a mesma língua e cultura, evitando interações com a população nativa e mantendo-se mais isolado.

A percepção individual também pode afetar a forma como o imigrante interpreta e responde a situações do dia a dia. Comportamentos normais na cultura anfitriã podem ser mal interpretados por alguém de fora, levando a possíveis mal-entendidos.

Pessoas fazendo uma caminhada nos Açores
Se permitir conhecer pessoas, cultura e hábitos pode enriquecer a experiência e criar laços fortes.

Da mesma forma, gestos de hospitalidade ou tradições locais podem ser vistos de maneira diferente dependendo do contexto cultural do imigrante.

Além disso, as percepções são dinâmicas e podem mudar com o tempo. Inicialmente, um imigrante pode sentir choque cultural, mas, à medida que se familiariza com a nova cultura e acumula novas experiências, sua percepção pode se tornar mais positiva, facilitando a adaptação e a integração.

Não devemos nos comparar com outros imigrantes

A percepção individual do imigrante desempenha um papel crucial na forma como ele se relaciona com a nova cultura, influenciando sua adaptação, integração social e saúde emocional.

Por isso, é importante ter cuidado com as comparações, pois elas podem levar à romantização da imigração, sugerindo que existe uma única e melhor forma de realizar essa jornada, o que não é verdade.

Essa romantização pode criar expectativas irreais sobre a vida no exterior. Quando o imigrante enfrenta conflitos, que são naturais e esperados nesse processo, ele pode sentir que é o único que não se encaixa na nova cultura, como se isso fosse um problema exclusivamente seu.

Quando na realidade, a maioria dos conflitos faz parte do processo de adaptação e contribui para o aprendizado e crescimento do estrangeiro.

O autoconhecimento pode te ajudar na imigração

Compreender a própria individualidade e exercitar a autopercepção pode ser muito útil durante a imigração. Isso pode te ajudar a se preparar emocionalmente para as adversidades da adaptação e melhora a relação consigo mesmo.

Aceitar-se por completo, incluindo as suas facilidades e dificuldades, permite acolher a sua história e dar sentido às suas escolhas atuais. Reconhecer suas dificuldades ajuda a se preparar melhor para enfrentá-las em momentos de tensão e a cuidar das suas inseguranças.

Por outro lado, reconhecer suas facilidades traz segurança e estimula valorizar suas conquistas.

Conhecer e aceitar a si mesmo é um exercício diário que, aos poucos, se torna mais fácil e natural. No entanto, algumas pessoas podem encontrar resistência nesse processo. Nesses casos, pode ser útil considerar a busca por ajuda terapêutica.

Um dos objetivos desses profissionais é ajudar o estrangeiro a se conhecer de forma mais profunda, respeitando seu tempo e seus limites, utilizando suas características pessoais a seu favor, sem tentar mudar quem a pessoa realmente é.

Dessa forma, o imigrante pode ter mais consciência sobre seu processo migratório e criar estratégias individuais para tornar essa jornada mais leve e tranquila, conforme suas próprias necessidades e perspectivas.